18 de dezembro de 2013

As Primeiras Coisas - Bruno Vieira Amaral



A revista Time Out considerou o livro de Bruno Vieira Amaral como o livro do ano.

"...um destino ficcional que já conquistou um lugar em todos os mapas da literatura portuguesa."

in Time Out (18 a 24 de Dezembro)

7 de dezembro de 2013

O comboio dos cinco - Luis Afonso

Autor: Luis Afonso
Título: O comboio dos cinco

Se tivesse de qualificá-lo (o que não é o caso) apostaria no 3ª número.
O que se pode dizer deste livro que nos apresentam como romance? É certo que é invulgar, talvez por isso seja considerado pós-moderno. As legendas e a BD torna-o interessante, sem contudo me ter apaixonado. Deve ser por falta de hábito da minha parte que não apostava nele para Chambéry. O final é inesperado, mas não lhe confere mais valor por isso.

Nome: Maria Aguiar da Lança-Coelho
Grupo de leitores: BMO

6 de dezembro de 2013

Que importa a fúria do mar - Ana Margarida de Carvalho

Autor: Ana Margarida de Carvalho
Título: Que Importa a fúria do mar

Não qualifico a escrita , porque acho quase uma invasão! Entre o 4 e o 5
Quando iniciei a leitura "1ªparte" não me senti agarrada pelas personagens; estava a lê-lo quase por obrigação. Contudo a "2ªparte", para mim, com muito mais nível literário e no desenrolar dos intervenientes com atitudes de força de caracter e por isso mesmo interessantes. Quem viveu os anos da ditadura Salazarista, não se espanta com o qua a autora relata, e muito mais havia para dizer! Foi boa a ideia de focar o tempo da guerra colonial.
Gostei e penso que não desmerece "Chambéry". Oxalá seja aplaudida de pé! Merece não ficar por aqui! Continue..

Nome: Maria Aguiar da Lança-Coelho
Grupo de leitores: BMO

5 de dezembro de 2013

A vida inútil de Jose Homem - Marlene Ferraz

Autor: Marlene Ferraz
Título: A vida inútil de Jose Homem

Se concordasse com classificações, apostava na máxima!
Li com prazer este livro e por vários motivos.
Boa escrita, mesmo quando abusa de pormenores que não maçam. História invulgar, dum homem que também não é
como o comum dos homens; a sensibilidade a par da dureza da vida está aqui espelhada. Pensava assinalr os
capítulos que mais apreciei, mas todos têrm um especial interesse.
Talvez, já não possa assistir ao climax desta mulher, que certamente vai ficar na 1ªlinha dos bons escritores
deste século.

Nome: Maria Aguiar da Lança-Coelho
Grupo de leitores: BMO

4 de dezembro de 2013

Que importa a Fúria do Mar - Ana Margarida Carvalho


Autor: Ana Margarida Carvalho
Título: Que importa a Fúria do Mar

Uma narratica complexa de uma densidade emocional que, por vezes, nos arrasta com a narradora e nos confonde
com as próprias personagens. A autora/narradora interioriza de tal forma o contexto da narração que ela
própria parece viver os acontecimentos. Os silêncios na narração por parte da personagem principal são
interiorizados pela narradora e comentafos como se ela fosse parte integrante.

Nome: Irene Cardona
Grupo de leitores: BMO

3 de dezembro de 2013

Rolando Teixo - Pedro Bidarra

Autor: Pedro Bidarra
Título: Rolando Teixo

Pedro Bidarra, psicólogo entre muitos olutros talentos, conta, de forma simples, numa linguagm transparente
de frases curtas, como nas histórias infantis, sem formular juízos de valor, a história de um homem
comum que viveu toda a vida numa "busca constante da normalidade", num "esforçoa para estar bem no
meio da matilha e para ser absolutamente igual a todos".
Quando essa normalidade é quebrada por acontecimentosd imprevistos, obriga-se a viver uma falsa
normalidade, a mentir, a guardar segredo, segredo que tudo corrói à sua volta e que o corrói a si
próprio.
O processo irreversível de alteração anatómica e fisiológica de que é alvo, que tejeita e procura ocultar,
é o resultado da violência brutal de representar um papel que não é o seu.
A reação a tão grande sofrimento leva à desumanização de Rolando, aqui encarnada exactamente como a
perda da sua condição humana. Rolando já não se sente pessoa.
Compreeendendo que a situação é insustentável tem uma epifania: aceita o que lhe está asuceder, deixa
de fingir, liberta-se e fica em paz.
Pedro Bidarra foca aqui um problema muito atual, numa alegoria lindíssima.
E deixa-nos uma mensagem de esperança: é possível renascer para outras vidas em que podemos ser felizes.
Talvez Rolando encontre a figura feminina que povoava os seus sonhos, mais conforme ao seu atual estado.
Nota: A obra parece-me mais um conto do que um romance.

Nome: MP
Grupo de leitores: BMO

2 de dezembro de 2013

Rolando Teixo - Pedro Bidarra


Autor: Pedro Bidarra
Título: Rolando Teixo

É uma vida em romence onde se descreve a normalidade da vida, uma vida que encerra em si a normalidade
de ser diferente ao caminhar ao encontro do desconhecido, do inédito.
Um fim feliz que abraça, acreditando que mesmo uma árvore tem vida própria capaz de dar frutos.

Nome: Augusto Freire Martins
Grupo de Leitores: BMO

1 de dezembro de 2013

Que importa a fúria do mar - Maria José Matos


Autor: Ana Margarida de Carvalho
Título: Que importa a fúria do mar

Romance bem escrito e bem contado, narra uma história ficcionada a partir de acontecimentos reais,
de natureza política. Fala-nos também de sentimentos - uma amor que dura uma vida, crueldade que
homens inflingem a outros homens - tão diversos quanto a natureza humana.
Existe uma situação de "suspense" que é bem doseada ao longo do livro, cujo texto vai interagindo
com o leiotr...
Leitura para sentir e usufruir!

Nome: Maria José Matos
Grupo de Leitores: BMO

30 de novembro de 2013

Os olhos de Tirésias - Cristina Drios


Autor: Cristina Drios
Título: Os olhos de Tirésias

Boa escrita, por vezes confundindo o leitor (algumas passagens relidas) na narratva na 1ªpessoa,
causam perturbação.
Fiquei admirado com o assunto escolhido, por o saber de uma mulher tão nova relatando factos da
1ª grande guerra, como se os tivesse vivido. Nesta guerra participaram muitos portugueses (nunca
se soube i número exacto dos que pereceram). Na minha geração (anos 30) era comum ouvirmos
comentários destes: "Ele não ficou ferido, nem decepado, mas é um gazeado!), penso que os jovens
actuais nem sabem o que foi a guerra de 14-18. Para estar presente em Chambéry, considero uma boa
escolha, já que a utora cita locais em pormenor desse país o que pode ser um triunfo.

Nome Maria:Aguiar da Lança-Coelho
Grupo de leitores: BMO

29 de novembro de 2013

A vida inútil de José Homem - Marlene Ferraz

Autor: Marlene Ferraz
Título: A vida inútil de José Homem

Romance bem escrito proporciona uma leitura fluida e agradável.
A autora escrece com facilidade e criatividade.
O romance trata de assuntos da alma - José Homem, idoso traumatizado pela infância (pai militar
estudipadamente duro; mãe a viver fora da realidade) acaba por estabelecer laços afectivos com um
rapaza-crianaça vindo de Angola, mutilado na guerra civil. Este sentimento inesperado de ligação e
amor traz ao idoso uma felicidade genuína que o preenche, antes de acontecer a sua morte.

Nome: Maria José Matos
Grupo de Leitores: BMO

28 de novembro de 2013

Rolando Teixo - Pedro Bidarra


Autor: Pedro Bidarra
Título: Rolando Teixo

Estória bem descrita e bem contada, de um homem normal com uma vida normal... até ser despedido do
emprego. Altura em que, sem trabalho, passa a "vegetar" - e esse sentir "vegetativo" vai manifestar-se
no seu corpo (efito psicossomático) e traz-lhe alterações comportamentais: começa a sentir-se bem nos
jardins, ao mesmo tempo que no seucorpo, qual tronco de árvore, começam a surgir rebentos...
O autor consegue transmitir ao leitor as emoções que se propõe - rotina, normalidade, estranheza,
oposição, aceitação. Rolando aceita a sua condição de vegetal. Aceita-se.
Bidarra faz jus à sua condição de criativo.

Nome: Maria José Matos
Grupo de Leitores: BMO

27 de novembro de 2013

Que importa a fúria do mar - Ana Margarida de Carvalho


Autor: Ana Margarida de Carvalho
Título: Que importa a fúria do mar

Numa linguagem supreendentemente rica, discretamente partilhada de citações, discorrendo sobre temas
diversos muitas vezes em relação com a natureza, destaco tambéma a originalidade dos títulos dos
capítulos e a adequação das respectivas epígrafes, tudo na construção de uma história de amor, ou
melhor, de duas que se cruzam num ponto: o amor de Joaquim por Luísa (que o faz aguentar aquela
"reclusão encafuada" no Tarrafal) e o de Eugénia por Joaquiam, um amor improvável. "Estavam ambos
apaixonados por uma projeção. Ele pelo retrato de uma mulher que nunca o foi. Ela por um homem que
há muito deixara de o serr".
Asua leitura, além de fascinante, dói pela crueza extrema de episódios de miséria, horror e desafeto
vividos pelas personagens na infância e no degredo. Deixa.nos a pensar.
A não perder.

Nome: MP
Grupo de leitores: BMO

26 de novembro de 2013

Revolução Paraíso - Paulo M. Morais

Autor: Paulo M. Morais
Título: Revolução Paraíso

A obra descreve com minúcia e cronologicamente os acontecimentos políticos do nosso país entre o
25 de Abril e o 25 de Novembro, integrando-os num enredo que se socorre de inteligentes estratagemas,
tais como: situar a ação predominantemente no Cais do Sodré, precisamente numa tipografia que
edita um semanário que, obviamente, publica notícias daquele período e cujo proporietário/diretor
e o revisor comentam criteriosamente os jornais diários, pretexto para se referirem ao estado do
país.
Um outra via de incorporação dos factos políticos surge mais tarde, através dos "Sotão das Delícias",
um lugar "real" onde, imaginariamente, desfilam, se encontram e discutem os "ilustres" da Revolução,
numa clara alusão ao "Jardim das Delícias", com a sua lista de pecados entre os quais o sexo.
É uma forma verdadeiramente inesperada de apresentar dados históricos!
O próprio funcionamento da tipografia reflete as convulsões da época, com a progressiva tomada de
poder pelos trabalhadores, etc.
Quanto a mim há um reparo a fazer: há algum desiquilíbrio entre o peso excessivo dado aos
acontecimentos históricos e à história propriamente dita, relativamente breve.

Nome: MP
Grupo de leitores: BMO

25 de novembro de 2013

O comboio dos cinco (o livro de Lopes, o escritor pós-moderno) - Luís Afonso

Autor: Luís Afonso
Título: O comboio dos cinco (o livro de Lopes, o escritor pós-moderno)

Em banda desenhada, Lopes, o escritor pós moderno, tenta convencer um realizador a adaptar-lhe
um ligro ao cinema.
O realizador, estupefacto, vai-se apercebendo de que as personagens não estão suficientemente
caracterizadas, que o livro está cheio de "indicadores de qualidade literária" e outros (para
facilitar a leitura devido à falta de tempo dos leitores...) e que, em vez de uma história, há
uma outra "paralela" e, afinal, ainda uma terceira, nada tendo a ver entre si e, para cúmulo,
ainda um sonho!
São seis capítulos do livro de Lopes que alternam com cinco "tiras" de banda desenhada, e não
sei o que me divertiu mais: se as tiras, se o texto, pelo absurdo de ambas! Um mimo!
Sugiro-o como presente de Natal para esquecermos...o absurdo!
Nota: Em local algum Lopes denomina o seu livro de romance.

Nome: MP
Grupo de leitores: BMO

24 de novembro de 2013

A vida inútil de José Homem - Marlene Ferraz

Autor: Marlene Ferraz
Título: A vida inútil de José Homem

Logo de início se repara na originalidade da linguagem utilizada, supresa agradável, frescura
por vezes ameaçada com a procura de um ou outro termo mais rebuscado.
A repetição obsessiva do defeito anatómico de António, sobretudo na primeira parte da obra,
pareceu-me exagerada.
Mas isto em nada desvaloriza o interesse que a obra me suscitou; uma bela história de amizade
entre um "velho" que se supunha morto por dentro, incapaz de estabelecer qualquer ligação
social a não ser com o seu velho amigo o padre Delfim ( que vai caldeando o seu agnosticismo),
que se vai desfazendo progressivamente de memórias perturbadoras e o pequeno Antonino, refugiado
de guerra de Angola e recolhido na obra do padre.
Este contraste entre o dar-se a Antonino e o apagar-se a si próprio faz prever um desfecho trágico.
As personagens secindárias são também bem caraterizadas, algo perturbadoras às vezes.
Também o recurso a aforismos pouco comuns, muito bem enquadrados, confere mais um nota de
originalidade à obra

Nome: MP
Grupo de Leitores: BMO

23 de novembro de 2013

Os olhos de Tirésias - Cristina Drios

Autor: Cristina Drios
Título: Os olhos de Tirésias

Ao recordar acontecimentos que mexem com a nossa memória, memórias tristes como são todas
as guerras, a autora consegue envolver o leitor, a acompanhar as personagens numa guerra suja
onde o gás mostarda fez muitas vítimas.
Escrita límpida, fresca, dando asas para que o leitor deixe a sua imaginação voar.

Nome: Augusto Freire Martins
Grupo de Leitores: BMO

22 de novembro de 2013

Rolando Teixo - Pedro Bidarra

Autor: Pedro Bidarra
Título: Rolando Teixo

Achei vulgar o tema e logo de início apercebi-me que o final iria ser inesoperado. A rotina
de qualquer família da classe média, foi demasiado repetitiva. Só o li até ao final, por me
ter comprometido com o Dr. Bruno Eiras e comigo própria. Não acho que mereça representar-nos
em Chambéry. Entretanto fui ver ao google o que era um teixo.

Nome: Maria Aguiar da Lança-Coelho
Grupo de Leitores: BMO

15 de novembro de 2013

Luís Afonso - "O Comboio das Cinco"

Noticia publicada sobre "O comboio das cinco" de Luís Afonso:

"Desde 2011, que se tornou possível a participação de autores lusófonos, devido à parceria com as Bibliotecas Municipais de Oeiras, propondo a centenas de leitores, em França e no estrangeiro, a leitura de primeiros romances em língua portuguesa, o voto num autor que apreciaram e a possibilidade de o conhecerem nos quatro dias do festival."

Ler a notícia toda aqui.

13 de novembro de 2013

Bruno Vieira Amaral - "As Primeiras Coisas"

Eduardo Pitta escreve sobre "As Primeiras Coisas" de Bruno Vieira Amaral no seu blogue Da Literatura.
Leia a sua opinião aqui.

8 de novembro de 2013

Luís Afonso - "O comboio das Cinco"

Autor: Luís Afonso
Título: O comboio das cinco

BIOGRAFIA


Luís Afonso (n. 1965) é um cartunista português, residente em Serpa, onde fundou a livraria Vemos, Ouvimos e Lemos, actualmente encerrada. Licenciado em Geografia, colabora com publicações como A Bola (onde publica diariamente Barba e Cabelo), Público (onde publica desde 1993 a tira diária Bartoon), Sábado ou Jornal de Negócios.Recebeu o Prémio Amadora Cartoon 2011, atribuído no Festival de BD da Amadora.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Afonso_(cartunista)






Foto: José Serrano


RESUMO

Este primeiro livro de Lopes, o escritor pós-moderno, é, como não podia deixar de ser, uma história para os dias de hoje. Um professor perdido no Alentejo, quase sem sair do mesmo sítio, vê-se envolvido numa vertiginosa aventura que o levará longe, a um desfecho inesperado. Que se pode dizer? Este livro dava um filme. Ou não fosse Lopes uma criação de Luís Afonso.




Cristina Drios - "Os Olhos de Tirésias"

Autor: Cristina Drios
Título: Os Olhos de Tirésias

BIOGRAFIA

Cristina Drios nasceu em Lisboa, onde reside. Completou os estudos primários e liceais no Liceu Francês Charles Lepierre de Lisboa. Licenciada em Direito, exerce há vários anos a advocacia na área da Propriedade Intelectual.
Jamais vai a lado algum sem um livro; além de literatura, interessa-se por história e filosofia. É fotógrafa amadora e viajou, de mochila às costas, por cerca de quarenta países, tão diversos como a Índia, a Birmânia, o Japão, o Cambodja, o Senegal, Marrocos, o Chile, a Guatemala, El Salvador e a Nicarágua.
De uma das suas inúmeras viagens nasceu o livro de contos Histórias Indianas que venceu, em 2012, o Prémio Literário Cadernos do Campo Alegre «Novo Autor, Primeiro Livro» da Fundação Ciência e Desenvolvimento/Câmara Municipal do Porto, publicado com o apoio da Editora Objectiva.
No mesmo ano, Os Olhos de Tirésias, a sua estreia no romance, publicado pela Editorial Teorema, que agora integra no seu riquíssimo catálogo uma espécie de vanguarda – maioritariamente primeiros romances de novos autores portugueses – foi finalista do Prémio LeYa. 

RESUMO

A descoberta de um retrato daquele avô cuja história a família sempre encobriu - Mateus Mateus, o gigante de olhar estranho que partiu, no contingente português, para a Flandres durante a Primeira Guerra Mundial - é o pretexto que a narradora encontra para, simultaneamente, escrever um romance e se afastar de um casamento que parece condenado ao fracasso. Para saber mais sobre o passado desse desconhecido, parte, também ela, para a propriedade de La Peylouse, em Saint-Venant, que alojou o Estado-Maior português nos anos 1917-1918 e da qual o avô, depois de ter servido na frente como maqueiro e coveiro, foi enviado numa missão de espionagem, acabando prisioneiro dos alemães. No bizarro hospital onde passa os meses que antecedem a batalha de La Lys (o mesmo onde virá a ser internado um cabo alemão chamado Adolf, atacado de cegueira histérica), Mateus Mateus cruza-se com figuras inesquecíveis: Alvin Martin, um inglês albino dado às premonições; Hugo Metz, o médico que usa métodos de inspiração freudiana para interrogar os pacientes; o órfão Émile Lebecq, pequeno ladrão e ilusionista amador; e, sobretudo, Georgette Six, a bela enfermeira francesa que perdeu o noivo na guerra e pela qual o português se tornará um homem diferente. E, porém, à medida que a neta de Mateus Mateus vai desfiando essa história - num jogo em que a realidade se torna indestrinçável da ficção -, também a sua vida é sacudida por uma paixão - e só o encontro com Cyril Eyck e o seu bisavô centenário trará a chave para os enigmas do próprio romance.

Bruno Vieira Amaral - "As Primeiras Coisas"

Autor: Bruno Vieira Amaral
Título: As Primeiras Coisas

BIOGRAFIA
Bruno Vieira Amaral nasceu em 1978. Formado em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE, é crítico literário, tradutor e autor do Guia Para 50 Personagens da Ficção Portuguesa e do blogue Circo da Lama. Em 2002, uma temerária incursão pela poesia valeu-lhe ser seleccionado para a Mostra Nacional de Jovens Criadores. Colaborou no DN Jovem, revista Atlântico e jornal i. 
Atualmente colabora com a revista Ler e é assessor de comunicação das editoras do Grupo Bertrand Círculo. As Primeiras Coisas é o seu primeiro romance.

Fotografia: Gonçalo F. Santos

RESUMO

Quem matou Joãozinho Treme-Treme no terreno perto do depósito da água? O que aconteceu à virginal Vera, desaparecida de casa dos pais a dois meses de completar os dezasseis anos? Quem foi o homem que, a exemplo do velho Abel, encontrou a paz sob o céu pacífico de Port of Spain? Porque é que os habitantes do Bairro Amélia nunca esquecerão o Carnaval de 1989? Quem é que poderá saber o nome das três crianças mortas por asfixia no interior de uma arca? Onde teria chegado Beto com o seu maravilhoso pé esquerdo se não fosse aquela noite aziaga de setembro? Quantos anos irá durar o enguiço de Laura? De que mundo vêm as sombras de Ernesto, fabuloso empregado de mesa, Fernando T., assassinado a 26 de dezembro de 1999, Jaime Lopes, fumador de SG Ventil, Hortênsia, que viveu e morreu com medo de tudo? Quando é que Roberto, anjo exterminador, chegará ao bairro para consumar a sua vingança? 
Memórias, embustes, traições, homicídios, sermões de pastores evangélicos, crónicas de futebol, gastronomia, um inventário de sons, uma viagem de autocarro, as manhãs de Domingo, meteorologia, o Apocalipse, a Grande Pintura de 1990, o inferno, os pretos, os ciganos, os brancos das barracas, os retornados: a Humanidade inteira arde no Bairro Amélia.

Rodrigo Magalhães - "Cidade Peruana"

Autor - Rodrigo Magalhães
Título - Cidade Peruana


BIOGRAFIA

Rodrigo Magalhães nasceu em 1975. É livreiro. Vive em Lisboa.

RESUMO

Um aprendiz de alfaiate tornado ensaísta de reduzida fama e menor proveito: Harry Heels. "Ao contrário de Conradin, nenhuma força externa veio em seu auxílio. A sua divindade, a identidade de Harry Heels, criara-a ele sozinho, Heels pela alcunha que lhe tinham posto na escola - tinha o tique de estar a sempre a bater com o calcanhar no chão durante as aulas, impaciente - e Harry, por lhe achar uma certa graça masculina." Dois irmãos, gémeos idênticos, enlutados e enfadados: "No Verão, viajavam com os pais: a Lisboa, onde conheceram Dinis Machado; a Bruxelas (…); ao Norte de Inglaterra, onde fumaram uma ganza nas traseiras de um pub, não muito longe da casa de W.G. Sebald, com cuja viúva os pais se encontraram. Depois, sem estação definida, começaram a viajar sozinhos."
Três assassinos que atravessam fronteiras sem nunca deixarem de regressar a casa: "(da última vez que atravessaram a fronteira, ao chegarem à outra Lima, Bruno observou o céu carregado, considerando-o auspicioso, e ele e Luis concordaram; colheram dessa vez oito vidas, como se os favorecesse a fúria dos elementos)."
De uma maturidade literária verdadeiramente excecional, Cinerama Peruana desenvolve e articula estes três universos através de um tema comum: o do discípulo que ultrapassa o mestre.
Uma voz nova e surpreendente no panorama ficcional português.

Ana Margarida Carvalho - "Que importa a fúria do mar"

Artigo sobre a Ana Margarida Carvalho e o livro "Que importa a fúria do mar" no Jornal de Letras, Artes e Ideias



Ler o artigo aqui.

Lançamento do "Rolando Teixo" por Pedro Bidarra

7 de novembro de 2013

Marlene Ferraz à conversa com...


Marlene Ferraz, autora do livro "A vida inútil de José Homem" vai estar à conversa com o grupo de leitores da Biblioteca Municipal de Algés no próximo dia 21 de Novembro pelas 19h00.

Após terem lido e discutido o livro haverá com toda a certeza muita vontade de falar com esta autora estreante.

Boas leituras!

Pedro Bidarra - "Rolando Teixo"


Autor: Pedro Bidarra 
Título: Rolando Teixo

BIOGRAFIA

Nasceu em Lisboa. Estudou Psicologia Social na Universidade Clássica de Lisboa e Composição e História da Música no Instituto Gregoriano de Lisboa. Trabalhou como psicólogo, pianista, professor de composição, produtor de discos e radialista, antes de começar uma carreira de sucesso como redactor e criativo publicitário que durou duas décadas. Como criativo trabalhou em Lisboa, Paris, Hamburgo, Madrid, Nova Iorque, Londres e Moscovo, tendo oportunidade de verificar que, no fundo, isto é tudo igual.


RESUMO

Rolando é um homem normal que vive uma anormalidade sem explicação. Rolando é gestor de carreira, casado, com duas filhas, casa própria e um Audi. É um homem de rotinas, hábitos e normalidades. É um homem do seu tempo, só que o tempo está a mudar e Rolando, inesperadamente, a mudar com ele. Rolando Teixo é um romance sobre a natureza de cada um, a natureza que se esconde, se nega e se olha como doença mas que às vezes se abraça – em qualquer caso, sempre com um preço.

17 de outubro de 2013

Apresentação do livro "Que Importa a Fúria do Mar" de Ana Margarida de Carvalho

A apresentação do romance de estreia de Ana Margarida de Carvalho "Que Importa a Fúria do Mar" teve lugar no dia 21 de maio de 2013, na Livraria Buchholtz, em Lisboa. A apresentação do livro ficou a cargo de Afonso Cruz.


14 de outubro de 2013

Ana Margarida de Carvalho - "Que importa a fúria do mar"

AUTOR: Ana Margarida de Carvalho
TÍTULO: "Que importa a fúria do mar"

BIOGRAFIA

Ana Margarida de Carvalho nasceu em Lisboa, onde se licenciou em Direito e viria a tornar jornalista, assinando reportagens que lhe valeram sete dos mais prestigiados prémios do jornalismo português, entre os quais o Prémio Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa, do Clube de Jornalistas do Porto ou da Casa de Imprensa.
Passou pela redacção da SIC e publicou artigos na revista Ler, no Jornal de Letras, na Marie Claire e na Visão, onde ocupa actualmente o cargo de Grande Repórter e faz crítica cinematográfica no roteiro e no site de cinema oficial da revista, o Final Cut.
Leccionou workshops de Escrita Criativa, foi jurada em vários concursos oficiais e festivais cinematográficos e é autora de reportagens reunidas em colectâneas, de crónicas, de guiões subsidiados pelo ICA e de uma peça de teatro.



RESUMO

Numa madrugada de 1934, um maço de cartas é lançado de um comboio em andamento por um homem que deixou uma história de amor interrompida e leva uma estilha cravada no coração. Na carruagem, além de Joaquim, viajam os revoltosos do golpe da Marinha Grande, feitos prisioneiros pela Polícia de Salazar, que cumprem a primeira etapa de uma viagem com destino a Cabo Verde, onde inaugurarão o campo de concentração do Tarrafal. 
Dessas cartas e da mulher a quem se dirigiam ouvirá falar muitos anos mais tarde Eugénia, a jornalista encarregada de entrevistar um dos últimos sobreviventes desse inferno africano e cuja vida, depois do primeiro encontro com Joaquim, nunca mais será a mesma. Separados pelo tempo, pelo espaço, pelos continentes, pela malária e pelo arame farpado, os destinos de Joaquim e Eugénia tocar-se-ão, apesar de tudo, no pêlo de um gato sem nome que ambos afagam e na estranha cumplicidade com que partilham memórias insólitas, infâncias sombrias e amores decididamente impossíveis. 
Que Importa a Fúria do Mar é um romance de estreia com uma maturidade literária invulgar que coloca, frente a frente, duas gerações de um Portugal onde, às vezes, parece que pouco mudou. Brilhante no desenho dos protagonistas e recorrendo a um estilo tão depressa lírico como despojado, a obra foi finalista do Prémio LeYa em 2012.

Img: LEYA

11 de setembro de 2013

Marlene Ferraz - "A vida inútil de José Homem"

AUTOR: Marlene Ferraz
TÍTULO: "A vida inútil de José Homem"

BIOGRAFIA

Nasceu em 1979 e tem os pés pausados em terras do norte. Com o ofício da psicologia, assume um enamoramento imprudente pela escrita.









RESUMO

As idas à grande cidade para se libertar da herança dum pai coronel verticalmente duro e duma mãe extravagante e desligada fazem com que José Homem se sinta no bom caminho para uma morte sem memórias nem saudade.

Descrente no governo de deus e, sim, também das circunstâncias, é por mão do padre, aliado e confidente, que se vê obrigado a relacionar-se com um dos rapazes estrangeiros recebidos no orfanato. A companhia de Antonino vem despertar em José Homem um sopro inesperado de amor e vontade

26 de agosto de 2013

6 de agosto de 2013

23 de julho de 2013

Paulo M. Morais - "Revolução Paraíso" entrevista na RTP


O escritor Paulo M. Morais apresenta, a 25 de abril de 2013, o romance "Revolução Paraíso", na RTP Informação. Conversa conduzida pela jornalista Sandra Pereira.

19 de julho de 2013

Paulo M. Morais - "Revolução Paraíso"

AUTOR: Paulo M. Morais
TÍTULO: Revolução Paraíso

BIOGRAFIA

Paulo M. Morais, nascido em 1972, cresceu nos arredores de Lisboa entre jogatanas de futebol, livros de aventuras e matinés de filmes clássicos. Licenciado em Jornalismo, trabalha em imprensa e multimédia. Fez crítica de cinema; especializou-se em gastronomia e viagens. Em 2006, de mochila às costas, deu a volta ao mundo. Nos últimos anos, além de escrever ficção, tem-se dedicado a conhecer e a divulgar o arquipélago dos Açores. Tem uma filha e já plantou um pessegueiro em Trás-os-Montes. Revolução Paraíso é o seu primeiro romance publicado.

RESUMO

Alternando realidade e ficção, um romance que nos transporta aos agitados dias da pós-revolução: o retrato de um país que, entre o PREC e as eleições livres, procura um novo rumo.
Enquanto nas ruas se decide o futuro de um país, na tipografia de Adamantino Teopisto vive-se um misto de enredo queirosiano, suspense de um policial e ternura de uma novela: com sabotagens, amores proibidos e cabeças a prémio; tudo num ambiente de revolução apaixonado.
O rebuliço generalizado tem repercussões no alinhamento do jornal e no dia a dia das gentes de São Paulo e do Cais do Sodré.
A revolução é o tópico das conversas nas tascas, nas ruas, no prédio da Gazela Atlântica, contribuindo para o exacerbar das tensões latentes entre o patrão Adamantino e os funcionários. A vivacidade de uma estagiária, as manigâncias de um ex-PIDE foragido, os comentários de um taberneiro e as intromissões de um proxeneta e de uma prostituta, agravam ainda mais a desordem ameaçadora que paira no ar.

Nada foi igual na vida dos portugueses após a Revolução dos Cravos. Nada foi igual na vida da "família" Gazela Atlântica após o 25 de Abril.



12 de julho de 2013

Temporada de leituras para o Festival do Primeiro Romance de 2014

No início de Julho os Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras iniciaram a temporada de leituras com vista à selecção para o Festival do Primeiro Romance de Chambéry 2014.

Os Grupos de Leituras participam no Festival do Primeiro Romance desde 2012 seleccionando o autor do primeiro romance, editado no último ano, que representará Portugal neste Festival.

Este ano os Grupos de Leitores vão seleccionar o autor/livro que irá participar na edição do Festival de 2014, tendo até ao momento identificado 9 títulos (primeiro romances).

Ao longo dos próximos meses daremos aqui conta das nossas leituras, encontros com autores e partilhando informações sobre os primeiros romances editados no último ano.


3 de junho de 2013

Na Feira do Livro de Lisboa...

Os Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras foram convidados a estarem presentes na Feira do Livro de Lisboa. O romance escolhido para ser discutido foi o "O teu rosto será o último" de João Ricardo Pedro que foi também o autor que representou Portugal no Festival do 1º Romance em Chambéry.

Deixamos aqui alguns dos momentos desta sessão que contou com a presença do autor.

Boas leituras!

















23 de maio de 2013

Começa hoje a 26ª edição do Festival du Premier Roman de Chambéry

De 23 a 26 de Maio de 2013 vai decorrer na vila de Chambéry, em França, a 26ª edição do Festival du Premier Roman. Este Festival que reúne autores que tenham escrito o seu primeiro romance no último ano vai contar nesta edição com a presença de 15 novos autores francófonos e 7 novos autores de primeiros romances italianos, espanhóis  alemães, romenos, ingleses e portugueses.
A representar Portugal no Festival deste ano, estará o escritor João Ricardo Pedro (autor do livro "O teu rosto será o último"), que foi o seleccionado pelos Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras.

O Festival du Premier Roman de Chambéry é a única manifestação literária em França que trabalha em prol da descoberta e promoção de primeiros romances francófonos e europeus através da leitura. Grupos de Leitores seleccionam, após um ano de leituras e de debates, os autores de primeiros romances que mais gostaram e que serão convidados para o Festival.

Uma escolha diversificada de primeiros romances, seleccionados a partir de publicações francófonas e europeias publicadas durante um ano, é difundida à rede de leitores, que vêm de um vasto território em França e no estrangeiro. Muitos leitores lêem, na língua original, primeiros romances em Italiano, espanhol, alemão, romeno, inglês e em português, antes mesmo de estes serem publicados em França. Ao longo do ano, todos os leitores têm múltiplas ocasiões para trocar opiniões, debater de viva voz ou partilhar as suas opiniões de leitura nos fóruns de discussão.

Há já 15 anos que o Festival cultiva uma dimensão internacional. Desde 1994, passou a fronteira dos Alpes franceses para criar laços com a Itália. Graças a trocas frutuosas e enriquecedoras, criou-se uma ligação entre as duas culturas e literaturas. Ao longo dos anos, foram-se estabelecendo outras parcerias, nomeadamente com a Bélgica, Espanha, Alemanha, Roménia, Reino Unido e, desde 2012, com Portugal. Outras actividades direccionadas para a francofonia (Suiça, Quebeque, Burquina-Faso, Magrebe) também foram criadas.
Progressivamente, uma rede internacional constitui-se em torno do Festival de forma a desenvolver oportunidades de trocas e de encontros cruzados entre leitores, autores, obras e profissionais da edição à volta da criação literária contemporânea.  

As Bibliotecas Municipais de Oeiras, através dos seus Grupos de Leitores, são parceiros do Festival du Premier Roman de Chambéry, sendo responsáveis pela selecção dos primeiros romances de autores portugueses. Em 2012 seleccionaram o escritor Nuno Camarneiro (autor do livro "No meu peito não cabem pássaros") para representar o nosso país.

21 de maio de 2013

Entrevista de João Ricardo Pedro ao LusoJornal

João Ricardo Pedro, autor do livro "O teu rosto será o último", foi o escritor seleccionado pelas Bibliotecas Municipais de Oeiras para representar Portugal no Festival du Premier Roman de Chambery deste ano.
No seguimento da sua presença neste Festival o Luso Jornal entrevistou-o para o conhecer um pouco melhor e apresentá-lo aos leitores portugueses em França.


23 de abril de 2013

Autor escolhido pelos Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras vai representar Portugal no Festival do Primeiro Romance de Chambéry

João Ricardo Pedro, autor do livro "O teu rosto será o último", vai representar Portugal no Festival du Premier Roman de Chambéry que este ano decorre de 23 a 26 de Maio na vila francesa de Chambéry.


Os grupos de leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras que representam Portugal neste Festival literário, ao seleccionarem os primeiro romances portugueses, escolheram João Ricardo Pedro como o autor que estará presente na edição deste ano a representar Portugal.

"O teu rosto será o último" de João Ricardo Pedro no jornal "O Globo"

Na coluna de José Castello no jornal «O Globo», o jornalista disserta sobre João Ricardo Pedro e o seu romance de estreia - O Teu Rosto Será o Último (Prémio Leya 2011).

Este livro foi seleccionado pelos Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras para representar Portugal no Festival do Primeiro Romance de Chambéry.





10 de abril de 2013

Entrevista a João Ricardo Pedro

Entrevista de João Ricardo Pedro, autor do livro "O Teu Rosto Será o Último" ao Jornal "Açoriano Oriental".

Este livro foi seleccionado pelos Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras para representar Portugal no Festival do Primeiro Romance de Chambéry.

5 de abril de 2013

E o escolhido foi...

Dos 11 romances escolhidos pelos Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras, entre os que foram publicados de Novembro de 2011 até Outubro de 2012, e após diversos grupos de leitura em França terem lido esta pré-selecção, chegou-se a um vencedor:

João Ricardo Pedro - O teu rosto será o último


Este foi o autor escolhido para representar Portugal em Chambéry, no Festival do Primeiro Romance, em Maio de 2013.

21 de março de 2013

João Bouza da Costa, Travessa d’ Abençoada


História passada em 24 horas na travessa de um bairro antigo de Lisboa. Inúmeras personagens numa amálgama de multiculturalidade e marginalidade. Talvez o retrato de uma Lisboa decadente ou então é a sociedade que constitui os seus moradores a tentarem sobreviver numa Europa/mundo em crise.
Grupo de leitores da Biblioteca Municipal de Algés

20 de março de 2013

António M. Marques, A Imperfeição do Presépio


Trata-se de um “ álbum de memórias” onde a protagonista, usando um discurso intimista, reflexivo e oralizante, vai falando de tudo o que lhe vem à cabeça. O interlocutor que nunca chega a aparecer vai “escutando” histórias, comentários, reflexões sobre a vida da protagonista e dos que a rodeiam, ao longo da sua vida, sobre vários acontecimentos sociais, históricos, etc. que têm lugar ao longo do século XX. Oriunda de uma classe desfavorecida, provavelmente iletrada, usa uma linguagem, simples, popular com regionalismos, etc.
 
Leitor do Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Algés

19 de março de 2013

Carla M. Soares, Alma Rebelde


Narrativa com características realistas mas com uma vertente romântica acentuada.
O modo como é apresentada ajuda o leitor a familiarizar-se com a problemática da condição feminina em meados do séc. XIX.
Através da sua leitura, somos colocados perante a – mentalidade da sociedade patriarcal portuguesa: a educação ministrada às jovens da alta burguesia, o objectivo a que se destinava; - o retrato das classes sociais dominantes (a nobreza arruinada e a burguesia).
Trata-se de uma escrita feminista e intimista, visto que a protagonista se reflecte nela e reflecte sobre si própria e sobre os acontecimentos da sua própria vida. De referir, ainda, a objectividade e o realismo presentes na descrição de ambientes, físicos, sociais, de personagens, etc.

18 de março de 2013

António Manuel Marques, A imperfeição do presépio


Narrativa da vida de uma mulher vulgar na segunda metade do século XX. O autor revela através da protagonista um discurso intimista e reflexivo sobre os universos conjugal, familiar, trabalho e amizades.


Grupo de leitores da Biblioteca Municipal de Algés

17 de março de 2013

João Bouza da Costa, Travessa d’ Abençoada


Na travessa d´Abençoada encontra-se representada quase toda a sociedade citadina.
Apesar da miséria e das dificuldades que enfrentam, as personagens surgem de forma tão viva, tão real que facilmente cativam o leitor.
A tolerância, a simpatia e a solidariedade patentes em algumas destas personagens é tocante.
Nas suas deambulações pela cidade o narrador/personagem consegue levar o leitor a percorrer com ele as ruas, as avenidas, os jardins e os múltiplos recantos de Lisboa, ao mesmo tempo que lhe vai contando parte da sua história.
O discurso é denso, repleto de riqueza e propriedade vocabular. A linguagem é clara, objectiva, adequada às personagens em causa.

16 de março de 2013

João Ricardo Pedro, O teu rosto será o último


Várias histórias dentro da mesma história com cronologias distintas e aparentemente díspares mas que se encaixam e onde alguns capítulos têm sub-finais surpreendentes. O primeiro romance do engenheiro desempregado está a superar as expectativas do próprio.


Grupo de leitores da Biblioteca Municipal de Algés

15 de março de 2013

João Ricardo Pedro - O teu rosto será o último



A desconstrução, tão cara à literatura contemporânea, é aqui manejada com mestria para compor uma história que abarca uma boa parte do séc.XX e onde se incluem memórias (não vividas pelo autor) da guerra colonial e do 25 de Abril. O encadeamento dos temas, o retrato das personagens, os avanços e recuos no tempo, a forma como os "mistérios" se vão, ou não, resolvendo, são verdadeiramente admiráveis. E ainda mais, tratando-se de 1ºromance. Talvez o que mais me tenha impressionado seja a tristeza infinita que atravessa toda a obra, resultante da tomada de consciência de memórias passadas que uns aceitam pacificamente e de que outros não se libertam. E tudo sem agressividade, com muita serenidade, diria até doçura. Perturbante, também, é o horror que nos é servido em pequenas e sucessivas doses, num crescendo que incomoda. Há aqui uma quase obsessão por sangue, pés e mãos feridas, amputações...O autor dá enorme importância aos pormenores mais ínfimos, aliás indispensáveis para uma boa compreensão do conteúdo. Mas revela, sobretudo, uma enorme sensibilidade.

Maria Luzia Pacheco (Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras)

14 de março de 2013

Tiago Patrício - Trás-os-Montes


Assim como há quem diga que quando se morre não se vai logo para a morte, ponho-me para aqui a imaginar quais terão sido os sítios por onde andámos antes de sabermos que existíamos.

Só a partir do momento em que nos lembramos dela é que podemos dizer quando começa a nossa infância. Aquilo que não recordamos não existe. Por isso é tão significativo o que a nossa memória retém desse período – a surpresa, a verdade dos sentidos, a liberdade do olhar.

Pareceu-me que este romance tinha que ver com estas sensações. Lembro-me de uma impressão semelhante me ter ficado de uma outra história, que como esta, resolvi partilhar com gente de quem gostava – Panait Istrati, Os Cardos de Baragan, que redescubro num esforço googlíco de memória.

Ora, ao ler Trás- os-Montes, é essa sensação que me prende, a mesma de quando li Panait Istrati, num tempo em que nem sabia onde ficava a Roménia. De ambos me ficam as infâncias de sítios fechados, lugares que ninguém conhece, lugares que imagino no meio de montes e por detrás de muros que se abrem para mundos brilhantes, por caminhos de infâncias à beira da terra, de segredos que se escondem dentro dela e nos ensinam a viver.

 A crueldade infantil, a caça aos pássaros, a vergonha do corpo da mãe de Teodoro, as regras estritas de costumes em que os irmãos controlam as irmãs, o seu bom nome. As missas, as raparigas mais velhas com os cestos de ofertório em roupas de cabaré, o pecado, as revistas com mulheres, tenho de pecar, tenho de pecar senão rebento, diz Edgar.

Trás-os-Montes, um livro aonde apetece voltar, como a todas as infâncias.

M.ª João Carrilho (Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras)

13 de março de 2013

João Rebocho Pais, O Intrínseco de Manolo



Histórias de alentejanos quase irreais mas que tenta dar uma atmosfera quase real.

Grupo de leitores da Biblioteca Municipal de Algés

12 de março de 2013

João Rebocho Pais - O intrínseco de Manolo


Obra muito interessante, texto e diálogos bastante interessantes e claros, com personagens riquíssimas e bem descritas, a merecer boa atenção e razoável nota, ainda que não o julgemos dever ser escolhido para a seleção em causa.

Francisco Adolfo Gomes (Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras)

11 de março de 2013

Alexandra Lucas Coelho, E a Noite Roda


Leitura agradável e interessante pelos lugares e situações a que reporta o leitor. Muitas referências culturais. Linguagem clara e agradável. Seria vantajoso ter um glossário.

Grupos de Leitores da Biblioteca Municipal de Algés

10 de março de 2013

Ana Sofia Fonseca, Como Carne em Pedra Quente


Escrita boa, fluente sem subterfúgios, tornando a leitura fácil com determinação que nos leva ao objectivo final da mensagem. Trata-se portanto de uma linguagem sem exageros mesmo quando aborda sentimentos, afectos e actos íntimos. A autora aborda de forma muito forte o que é a vivência de alguém que experiencia conscientemente a aproximação da meta final da vida humana.
Como Carne em Pedra Quente é mesmo uma experiência única na vida que neste caso teve um final feliz depois dos tormentos pelos quais passou.

Grupo de Leitores da Biblioteca Municpal de Algés

9 de março de 2013

Ana Sofia Fonseca, Como Carne em Pedra Quente


Escrita boa, fluente sem subterfúgios, tornando a leitura fácil com determinação que nos leva ao objectivo final da mensagem. Trata-se portanto de uma linguagem sem exageros mesmo quando aborda sentimentos, afectos e actos íntimos. A autora aborda de forma muito forte o que é a vivência de alguém que experiencia conscientemente a aproximação da meta final da vida humana.
Como Carne em Pedra Quente é mesmo uma experiência única na vida que neste caso teve um final feliz depois dos tormentos pelos quais passou.

Grupos de Leitores da Biblioteca Municipal de Algés

8 de março de 2013

Festival do Primeiro Romance de Chambéry nas Bibliotecas Municipais de Oeiras



As Bibliotecas Municipais de Oeiras, enquanto parceiros representantes de Portugal, no Festival do Primeiro Romance de Chambéry, efectuaram uma pré-selecção dos primeiros romances de autores nacionais com o objectivo de escolher o escritor que irá representar Portugal na edição deste ano. 
Como forma de divulgar os livros que fizeram parte da lista de pré-selecção nacional, as Bibliotecas Municipais de Oeiras convidam os seus leitores a conhecerem  estes 11 autores que escreveram o seu primeiro romance no último ano:

Alexandra Lucas Coelho - E a noite roda
Ana Miranda - O Diabo é um homem bom
Ana Sofia Fonseca - Como carne em pedra quente
António Manuel Marques - A imperfeição do presépio
Bruno Margo - Sandokan e Bakunine
Carla M. Soares - Alma Rebelde
Luís Francisco - A vida passou por aqui
João Bouza da Costa - Travessa d'Abençoada
João Rebocho País - O intrínseco de Manolo
João Ricardo Pedro - O teu rosto será o último
Tiago Patrício - Trás-os-Montes


Esperamos pela sua visita!

Célia Correia Lourenço - Demência


Não recomendaria a sua leitura

Maria Aguiar Lança Coelho (Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras)

7 de março de 2013

João Ricardo Pedro, O Teu Rosto Será o último


A escrita é agradável, com força e portadora de imagens interessantes. Discurso que nos prende mas peca por trechos em calão. A linguagem é frequentemente manchada por “conversas” que são impróprias, normalmente na relação pai/filho mais próprias em militares em certas situações no mato. Considera-se que há situações desnecessárias no contexto apresentado. O enredo é interessante deixando pontas da meada por ligar “convidando” o leitor para “adivinhar” ou construir/ completar o puzzle…

Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Algés

6 de março de 2013

Luís Francsico, A Vida passou por aqui


O autor adopta um tipo de escrita que nos prende pois sente-se uma sensação de continuidade entre cada “história” das diferentes personagens. Não há um uso de linguagem mais pobre e na generalidade mantêm-se dentro de parâmetros aceitáveis e normais. O entrelaçar de histórias de vida de cada personagem leva o leitor a vivenciar o dia-a-dia de uma cidade em termos sociais. As histórias são simples mas mostram o que normalmente nos “passa ao lado” por termos outras vidas na nossa vida.

Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Algés

5 de março de 2013

Alexandra Lucas Coelho, E a Noite Roda


A leitura por dever de ofício tem uma escrita agradável e uma linguagem apropriada a cada situação vivida/ apresentada.
O enredo é o habitual nestas histórias, não havendo muito mistério, apesar de manter-se o suspense nos romances de amor quase se adivinhando o que pode vir a seguir.
A componente mais interessante, embora em contexto de romance é a apresentação de uma imagem num período histórico ainda em curso que é o conflito israelo/palestiniano seguindo a vida da autora.

Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Algés

4 de março de 2013

Tiago Patrício, Trás-os-montes

Passado em Trás-os-Montes, num mundo rural muito marcado pelas características culturais e religiosas. É uma viagem do autor pelo universo da infância e da adolescência, pelo fascínio do que é proibido (revistas, cigarros, violência). Nunca se chega a perceber exactamente o que acontece aos personagens principais (ainda que se adivinhe, pelo menos para o principal) que seja trágico. Gosto da narrativa concisa e sem excessos.

Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras

3 de março de 2013

António Manuel Marques, A imperfeição do presépio


O autor tem um tipo de escrita agradável, sem rodeios e floreados. Usa uma linguagem adequada não caindo no facilitismo popularucho mesmo quando descreve cenas mais duras. Destaca-se também o uso de termos populares adequados ao estracto populacional retratado. Encontramos aqui um retrato individual e colectivo percorrendo a sociedade do século XX e a força de uma mulher/mãe/avó como amiga e integradora em diferentes comunidades, passando pela evolução da sociedade entre 1930/1974.



Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Algés

2 de março de 2013

Bruno Margo, Sandokan & Bakunine

Romance bastante diferente dos que temos lido no grupo de leitores. A Narrativa desenvolve-se numa constante intereseção entre o real e o fictício, numa torrente de pormenores inimagináveis, com recurso a extensas e numerosas notas de rodapé, da autoria do próprio romancista, mas apresentado como se de um elemento exterior ao romance se tratasse, notas essas que nos vão fornecendo pistas sobre o próprio desenvolvimento da narrativa e sobretudo, sobre a estrutura adotada na obra.
Muito original e com uma imaginação prodigiosa, Bruno Margo consegue construir uma obra complexa mas fascinante e tudo isto, como diria Saramago "sem nunca perder o pé".


Maria Luzia Pacheco
(Grupo de Leitores Biblioteca Municipal de Oeiras)